Além da atividade permanente de fiscalizar as fronteiras do Brasil com os 10 países vizinhos, nos últimos meses, as forças militares e de segurança também voltaram a atenção para os limites internos entre um estado brasileiro e outro, regiões que são conhecidas por integrarem as rotas percorridas pelo crime organizado, por onde são transportadas drogas, armas e outras mercadorias ilícitas que entram e saem do país.
Na Operação Divisas Integradas, que realizou a sua terceira edição entre 24 de outubro e 2 de novembro, quatro estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná –, uniram suas equipes e estrutura de segurança, deflagrando simultaneamente suas ações. Ao todo, cerca de 20.000 policiais, agentes rodoviários e da Receita Federal, bombeiros e militares realizaram missões de cumprimento de mandados de busca e apreensão, além de fiscalização das estradas que cruzam essas localidades.
Nas vias terrestres, foram criados pontos de bloqueio que paravam os veículos a fim de que fossem vistoriados. Com isso, só no Mato Grosso do Sul, estado que faz fronteira com Bolívia e Paraguai, foram apreendidas mais de 4,5 toneladas de drogas. Na soma dos quatros estados, esse número chegou a mais de 7 toneladas. Também foram recolhidas 114 armas de fogo ilegais e foram recuperados 54 veículos roubados.
Os policiais também cumpriram mandados de prisão de indivíduos que já eram buscados pela justiça, alguns com condenação definitiva e outros com pedido de prisão temporária. Os cumprimentos dos mandados, junto com as prisões em flagrante, resultaram na detenção de 1.427 pessoas nos quatro estados.
Os resultados da Operação Divisas Integradas foram avaliados positivamente e há planejamento para que missões conjuntas entre as forças de segurança e militares de cada estado continuem sendo realizadas. “Isso é um sonho, um trabalho que vai ao encontro do maior bem que a população busca: a segurança dela própria. Nós continuaremos com essas ações, porque onde há integração o crime cai. Integrar é o verbo de comando”, disse o secretário da Segurança Pública de São Paulo, João Camilo Pires de Campos.