As autoridades do Equador apreenderam um total de 9.982 quilos de cocaína em quatro diferentes operações na província de Guayas.
No dia 13 de julho de 2021, a Polícia Nacional do Equador (PNE) deteve na estrada Samborondón, que se conecta com Guayaquil, um caminhão modificado com compartimentos, onde ocultavam 500 kg de cocaína. Uma pessoa foi detida na operação, informou a PNE em um vídeo.

Em outra operação, no dia 9 de julho, o jornal equatoriano El Universo informou que a polícia deteve quatro membros de uma quadrilha que enviava grandes carregamentos de drogas para o exterior, liderada por Mario Enrique C. Z., conhecido como Kike. A captura ocorreu em uma fazenda na província de Guayas, onde os oficiais encontraram 2,2 toneladas de cocaína escondidas sob a terra, acrescentou o jornal.
As autoridades investigam se Kike contaminava os navios em alto-mar, em Posorja, Guayaquil, onde seus cúmplices controlavam os barcos e colocavam os narcóticos nas embarcações, depois de passarem por todas as inspeções, informou o jornal.
A polícia informou no dia 28 de junho que em duas operações foram confiscados 7.282 kg de cocaína escondidos em dois contêineres em Guayaquil. O contrabando estava oculto entre um carregamento de atum destinado à Espanha.
“Essa foi a maior apreensão já realizada pela Polícia Nacional […] no Porto Marítimo [de Guayaquil]”, disse à imprensa a General de Exército Tannya Varela, comandante da PNE.
Sistema centralizado
A estratégia de luta contra o narcotráfico no Equador se apoia cada vez mais na cooperação internacional, e por isso o governo dos EUA entregou equipamentos tecnológicos e sistemas de software à Direção Geral de Investigações da PNE, no dia 25 de junho, segundo explicou a polícia em um comunicado.
A doação chegou através do Departamento de Assuntos Internacionais contra o Narcotráfico e Aplicação da Lei (INL, em inglês) da Embaixada dos EUA em Quito, acrescentou o comunicado. A doação é a primeira de outras que chegarão proximamente, como parte da primeira etapa de uma iniciativa de segurança para desarticular o crime organizado transnacional, ressaltou.
“Essa doação é resultado das boas relações existentes e que devem continuar se fortalecendo com […] os Estados Unidos, para encontrar o melhor caminho [para] atacar as organizações criminosas transnacionais”, destacou a Gen Ex Varela na cerimônia de entrega do equipamento. “Isso permitirá ter um sistema centralizado para processamento e análise oportuna da informação”, acrescentou Ory Abramowicz, diretor do INL no Equador.
O Equador já confiscou mais de 70 toneladas de drogas de janeiro a 22 de junho, informou o site da emissora de televisão Ecuavisa. Embora o Equador tenha conseguido conter algumas manifestações de violência nos últimos anos, o narcotráfico no país está aumentando, segundo o site da InSight Crime, uma organização de investigação e jornalismo especializada em crime organizado na América Latina e no Caribe.
“O narcotráfico já atingiu uma escala muito alta no país. A polícia está atacando a oferta e a demanda”, disse a Gen Ex Varela à Ecuavisa. “Não permitiremos que a criminalidade nos ultrapasse; estaremos firmes e fortes lutando contra o crime organizado.”