As melhorias no controle portuário, o trabalho de inteligência e a coordenação com os países parceiros trazem importantes resultados na apreensão de drogas realizada pela Costa Rica em seus portos, especialmente na costa do Caribe.
Até a segunda semana de maio, as autoridades costarriquenhas realizaram quatro importantes confiscos de cocaína que somam mais de 8 toneladas. Em vários casos, a droga estava camuflada entre produtos de consumo.
A Polícia de Controle de Drogas da Costa Rica informou que no dia 18 de maio localizou dois contêineres com 550 quilos de cocaína no cais Gastón Kogan, na província de Limón; a droga estava escondida nas paredes e tinha como destino Puerto Barrios, na Guatemala.
No dia 14 de maio, a polícia informou a descoberta de outro carregamento com 778 kg de cocaína que estava oculta entre sacos de sal, também na província de Limón, desta vez no porto APM Terminals. Os contêineres tinham como destino os Países Baixos. No dia 11 de maio, as autoridades também impediram o traslado de 1.250 kg de cocaína, a partir desse mesmo terminal do Caribe. A droga estava em um contêiner que transportava suco de abacaxi.
A polícia da Costa Rica divulgou, no dia 15 de fevereiro, o maior confisco de drogas da história do país: quase 6 toneladas de cocaína foram encontradas em um contêiner nos APM Terminals. A droga estava escondida entre plantas ornamentais.
Tecnologia, inteligência e trabalho com os aliados
O ministro de Segurança da Costa Rica, Michael Soto, explicou à imprensa que o aumento nas apreensões de drogas está relacionado com o trabalho de inteligência da polícia costarriquenha e dos países aliados na luta contra as drogas, como os Estados Unidos. Além disso, são expressivos os avanços tecnológicos, como o escâner de monitoramento, de origem norte-americana, que entrou em funcionamento no porto de APM Terminals em dezembro de 2019.
“É feita uma vistoria de todos os navios e embarcações que partem para destinos de alta importância e, com base nesse perfil, passa-se para uma segunda etapa, que é o escaneamento”, disse Soto. “É um trabalho contínuo para evitar que carregamentos de cloridrato de cocaína saiam de nosso país, especialmente para a Europa e o norte da América.”
O ministro Soto disse que é fundamental o trabalho de inteligência e coordenação com as autoridades dos outros países. “Vivemos em uma das zonas mais perigosas do mundo, em uma das zonas de trânsito de drogas e, por ser uma zona realmente complexa, tentamos ser cada vez mais eficientes”, afirmou Soto.