Oriundo de Lima, Peru, e com 26 anos de experiência militar no Exército do seu país, o Coronel Rubén Requena ocupa o cargo de conselheiro do programa Conselheiro Militar de Nações Parceiras (PNMA, em inglês) para o Comando Sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM), desde março de 2020. Seu trabalho no PNMA estreita as relações de cooperação entre o Peru e os países amigos da região.
O PNMA é um programa do SOUTHCOM criado em 1998 para fomentar a confiança mútua entre os países participantes, melhorar o trabalho em equipe e estabelecer vínculos para a sincronização de operações e de planos conjuntos.
Diálogo: Qual é a importância para o Peru de participar do PNMA?
Coronel do Exército do Peru Rubén Requena, conselheiro do programa Conselheiro Militar de Nações Parceiras: Sempre foi importante para os países da região manter uma estreita e permanente relação com os Estados Unidos e trabalhar de forma coordenada entre as forças militares, para que possamos enfrentar as ameaças transnacionais de maneira eficaz e eficiente. O mundo se transforma a cada minuto, e essa pandemia nos mostrou que quando nossa casa está ameaçada, todos somos igualmente afetados, através de todo o planeta, e a única forma de poder sobreviver a essas ameaças é trabalhar juntos e coordenadamente.
Diálogo: O SOUTHCOM conta com 11 oficiais no PNMA. Por que é importante que as nações parceiras do hemisfério ocidental se integrem a esse programa?
Cel Requena: É muito importante porque, enquanto estivermos juntos, poderemos vencer as ameaças transnacionais de maneira coordenada e, com a integração de outros países, essa luta contra as ameaças será muito mais eficiente.
Diálogo: Quais são suas metas como representante do Peru no SOUTHCOM?
Cel Requena: Tenho como meta buscar uma maior participação das Forças Armadas do meu país, tanto em exercícios e treinamentos, como em ações militares conduzidas pelo SOUTHCOM, e assim também aumentar a presença de nossas forças no Comando para compartilhar nossas experiências de luta contra a subversão e contra a mineração ilegal.
Diálogo: Como a pandemia do coronavírus afetou o Peru e como as Forças Armadas ajudaram as autoridades civis?
Cel Requena: A pandemia abalou muito fortemente o Peru, e essa segunda onda está sendo muito mais agressiva do que a anterior, visto que o número de contagiados está subindo muito rapidamente. Por outro lado, as forças militares, em um trabalho coordenado com as autoridades civis, vêm desempenhando um papel primordial no controle da pandemia através de diferentes missões, que vão desde o controle das cidades nos horários de toque de recolher, passando pelo transporte e custódia das vacinas, até o reforço das fronteiras para impedir que pessoas de outros países continuem entrando ilegalmente.
Diálogo: Quais as lições de cooperação que o senhor espera levar para seu país quando terminar sua missão no SOUTHCOM?
Cel Requena: Trabalhar no SOUTHCOM é uma experiência única que me permitiu interagir não apenas com todas as agências militares dos EUA, mas também conhecer sua realidade e a realidade dos países aliados que atuam com oficiais de ligação. Essa interação diária com oficiais de outras agências e de outros países me permite cooperar diretamente para alcançar o cumprimento das missões designadas.