Um ataque aéreo de comandos especiais das Forças Armadas da Colômbia neutralizou 10 dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) no município de Morichal, estado de Guainía, perto da fronteira com o Brasil, no dia 27 de setembro de 2021.
“Foi desferido um golpe contundente contra um líder, o segundo no comando dessas dissidências das FARC, o criminoso conhecido como Iván Mordisco”, declarou o ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano, ao jornal colombiano El Espectador. “Ele utilizava os rios como rotas do narcotráfico. Com essa operação, foram capturados 126 dissidentes e foram apreendidas 50 armas, além de 225 quilos de base de coca e 664 kg de cocaína.”
O ataque contou com a participação do Exército, da Força Aérea, da Marinha e da Polícia. Entre os criminosos neutralizados estava Jaider Steven Cisneros, conhecido como Mono Ferney, apontado como o lugar-tenente de Néstor Gregoria Vera, conhecido como Iván Mordisco, um dos maiores chefes dissidentes, explicou o General de Exército Luis Fernando Navarro, comandante das Forças Militares da Colômbia.
Molano disse que o grupo dissidente estava em fase de captação e recrutamento forçado nessa região do país habitada por comunidades indígenas. Ele acrescentou que vulgo Mono Ferney era encarregado de “ampliar” os crimes das dissidências das FARC nos estados de Guaviare, Vichada e Guainía, na zona fronteiriça com a Venezuela e o Brasil, além de criar uma rota para o narcotráfico através desses países.
A facção criminosa liderada por vulgo Iván Mosdisco repudiou o acordo de paz assinado em 2016 entre o governo colombiano e as FARC. “Nunca entrou no processo de paz e pretendeu ampliar o número de dissidentes”, disse Molano.
De acordo com o jornal colombiano La Nación, restam cerca de 2.500 combatentes que não aderiram ao acordo de paz de 2016 e que continuam suas atividades ilícitas de narcotráfico, mineração ilegal e extorsão.