Em meados de setembro, em uma operação conjunta, Colômbia, Estados Unidos e Panamá apreenderam 2,4 toneladas de cocaína perto da ilha de San Andrés, no Caribe colombiano. Segundo a Marinha da Colômbia, essa teria sido a maior apreensão realizada a bordo de uma lancha rápida pelos componentes do Comando Específico de San Andrés e Providência da Marinha em 2021.
“Com informação de inteligência naval, soubemos do trânsito de uma embarcação que poderia levar a bordo um contrabando importante de drogas; assim sendo, coordenamos com os países aliados a busca dessa embarcação, com uma plataforma aérea”, disse à Diálogo o Contra-Almirante Hernando Mattos Dager, comandante do Comando Específico de San Andrés e Providência. “Uma plataforma do governo dos EUA da Força-Tarefa Conjunta Interagencial Sul, que fazia patrulhamento, detecta a embarcação e fornece a informação à nossa unidade, e começa o processo de interdição.”
No entanto, devido à distância em que se encontrava a embarcação, foi necessário coordenar com outros países da região para manter o controle da lancha rápida. “A patrulheira marítima norte-americana é substituída no ar por uma patrulheira panamenha, que continua a perseguir o artefato suspeito, enquanto continuamos fazendo as manobras por parte das unidades de superfície e, finalmente, efetua-se novamente uma substituição no ar, feita pela Força Aérea Colombiana”, explicou o C Alte Mattos.
Quando perceberam a presença das autoridades, os tripulantes da embarcação começaram a lançar o contrabando no mar. A lancha foi interceptada a 160 milhas náuticas da costa de San Andrés.
“Foram encontrados a bordo [da lancha] quatro colombianos e um nicaraguense; essas pessoas são detidas, é iniciado o recolhimento das bolsas que haviam sido jogadas no mar, […] e todo o material é reunido e levado a San Andrés”, informou o C Alte Mattos. Ao todo, as autoridades apreenderam 2.407 quilos de cloridrato de cocaína.
A embarcação vinha do Golfo de Urabá, acrescentou o oficial, e devido à presença do nicaraguense, as autoridades supõem que seria destinada à América Central. “Com a informação de inteligência e o que conseguimos confirmar com o que se encontrou a bordo da embarcação, ao parecer, essa droga pertenceria ao Clã do Golfo”, acrescentou o C Alte Mattos.
No decorrer deste ano, a Marinha da Colômbia já apreendeu mais de 235 toneladas de cloridrato de cocaína, impedindo que mais de US$ 8 bilhões chegassem às organizações narcotraficantes, disse a instituição naval em um comunicado do dia 11 de setembro.