As forças de segurança da Colômbia e do Panamá reforçaram as operações de vigilância em suas zonas de fronteira para aumentar as apreensões de drogas.
No Panamá, em duas operações multinacionais com os Estados Unidos e a Colômbia, no dia 22 de abril, as autoridades panamenhas confiscaram 2.193 quilos de cloridrato de cocaína avaliados em US$ 73 milhões.
A primeira operação, no setor de Tubualá, Panamá, foi realizada entre o Serviço Nacional Aeronaval (SENAN) e a Guarda Costeira dos EUA e confiscou 1.243 quilos de cloridrato de cocaína, informou o SENAN. A segunda operação, graças à inteligência da Colômbia, culminou com a interdição de um barco a motor na área da Ilha de Pinos, Panamá, com 950 kg de cloridrato de cocaína, acrescentou o SENAN.
A Força Naval do Pacífico da Marinha da Colômbia informou que no dia 18 de abril, no estado de Putumayo, na fronteira com o Equador e o Peru, interceptou uma embarcação com 1,2 tonelada de cloridrato de cocaína avaliada em US$ 40 milhões, pertencente ao grupo armado organizado residual E-30. Também em Putumayo, no dia 17 de abril, em quatro operações conjuntas com o Exército Nacional da Colômbia, foram destruídos quatro laboratórios e confiscados insumos para o processamento de cocaína, garantiu a Marinha.
“Mantemos comunicação permanente com o Equador e o Peru para tratar das questões de controle de fronteiras. A COVID-19 nos obriga a redobrar os esforços”, disse à Diálogo o Contra-Almirante do Corpo de Fuzileiros Navais da Colômbia Sergio Alfredo Serrano Álvarez, comandante da Força Naval do Sul. “Destruímos laboratórios de produção de alcaloides diariamente.”
A presidência da Colômbia informou que desde o dia 4 de abril tropas da 26ª Brigada de Selva do Exército Nacional realizam operações no estado do Amazonas.
“Com tanta demanda internacional, os narcotraficantes tentam transportar grandes quantidades de drogas pelo rio San Miguel, na fronteira com o Equador; pelo rio Putumayo, nos limites com o Equador e o Peru; e pelo rio Amazonas, na nossa fronteira com o Brasil e o Peru”, disse o C Alte Serrano. “Eles [os narcotraficantes] querem continuar com o negócio, mas nós não nos detemos por motivo algum.”
Em Tumaco, na fronteira com o Equador, o Comando Geral das Forças Militares da Colômbia informou no dia 24 de abril que havia destruído um megacomplexo para a produção de cloridrato de cocaína.
O complexo tinha oito estruturas organizadas na extensão de 1 quilômetro, com a capacidade para produzir 6 toneladas de cocaína por mês, no valor de US$ 200 milhões, e pertencia ao grupo Guerrilhas Unidas do Pacífico, acrescentou o Comando Geral.
“No interior da estrutura foram encontrados: 1 tonelada de cocaína base; 4,3 toneladas de insumos sólidos; 3.575 galões de insumos líquidos; 390 galões de pasta básica de coca; e mais de 1 tonelada de cloridrato de cocaína”, informou à imprensa o General de Brigada do Exército da Colômbia Álvaro Javier Pérez Durán, comandante da Força-Tarefa Conjunta de Estabilização e Consolidação Hércules.