No final de julho de 2021, as Forças Armadas da Colômbia enfraqueceram o grupo criminoso Clã do Golfo, com a captura de 17 de seus membros, durante a operação denominada San Lucas, realizada em Cartagena das Índias, estado de Bolívar. Os capturados pertencem à subestrutura Heróis do Caribe, que se dedica ao narcotráfico, extorsões e homicídios seletivos nessa região.
A operação liderada pela Força Naval do Caribe da Marinha da Colômbia foi realizada através de 18 incursões, informou a Marinha em um comunicado.
Entre os capturados, encontra-se o indivíduo conhecido como Justo, suposto líder da subestrutura e encarregado da distribuição de entorpecentes, da coordenação de homicídios e do narcotráfico, e gerava cerca de US$ 77.000 mensais, explicou a Marinha.
Vulgo Justo era procurado pelos delitos de conspiração para cometer um crime agravado para fins de narcotráfico, tentativa de homicídio, fabricação, tráfico e porte de armas de fogo e munições, bem como por tráfico, fabricação ou porte de drogas, informou a instituição naval.
“A investigação vinha ocorrendo há três meses e conseguiu apreender […] panfletos alusivos às Autodefesas Gaitanistas [outro nome pelo qual o grupo se refere a si mesmo], cartuchos de diferentes calibres [e] veículos onde eram praticadas atividades ilícitas, entre elas alguns homicídios seletivos”, disse à Diálogo o Capitão de Fragata (FN) da Marinha da Colômbia Gonzalo Torres Betancourt, comandante do 12º Batalhão de Fuzileiros Navais. “Graças à tão valiosa informação fornecida pela rede de participação cívica e algumas fontes humanas, que conhecem o interior da organização criminosa e suas atividades, foi possível desferirmos esses golpes.”
O Clã do Golfo, também conhecido como Los Urabeños, é o maior grupo criminoso da Colômbia, com cerca de 1.600 membros fortemente armados e violentos, envolvidos em toda a cadeia do narcotráfico e na mineração ilegal, informou a agência de notícias Reuters. O Departamento de Estado dos EUA oferece uma recompensa de US$ 5 milhões por informações que levem à captura de Dario Antonio Usuga David, líder do Clã do Golfo, acusado de traficar centenas de toneladas de cocaína para os Estados Unidos.
“[Com esse golpe] está sendo enfraquecida a capacidade de ação do Clã do Golfo e suas finanças também estão sendo reduzidas”, concluiu o CF Torres.