A Marinha da Colômbia divulgou no dia 25 de novembro os resultados da Campanha Naval contra o Narcotráfico Orión VI, um esforço multinacional de operações combinadas e multidimensionais (marítima, fluvial, aérea e terrestre) no Caribe, no Atlântico e no Pacífico, bem como em rios fronteiriços da Colômbia. Entre os dias 15 de setembro e 30 de outubro, a Orión VI, que contou com a participação de 29 países e 51 instituições internacionais, conseguiu apreender mais de 90 toneladas de cloridrato de cocaína, informou a Marinha da Colômbia em um comunicado.
“Na VI edição da campanha Orión foram apreendidas 90,7 toneladas de cocaína, das quais, com a participação das instituições colombianas, foram confiscadas 56,4 toneladas no país”, disse à imprensa o ministro da Defesa da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo. “Foram apreendidas 18,6 toneladas de maconha, [e] houve um total de 413 capturas de [indivíduos de] diferentes nacionalidades.”
Durante os 45 dias de execução da Orión VI, as equipes multinacionais também abalaram a fabricação de cloridrato de cocaína, com a apreensão de 110,6 toneladas de insumos sólidos, mais de 141.500 litros de insumos líquidos e a destruição de 168 narcolaboratórios, explicou a Marinha da Colômbia. “Foram imobilizadas 76 embarcações, cinco semissubmersíveis e sete aeronaves interceptadas em terra”, acrescentou o ministro Holmes Trujillo.
Outros resultados importantes da campanha incluem a apreensão de 33,2 toneladas de haxixe, 3,5 quilos de heroína e 28 kg de anfetaminas.
“A integração da inteligência, somada à coordenação do esforço operacional, tudo isso com a marca da confiança, foram fatores essenciais de sucesso para alcançar os resultados obtidos”, disse à imprensa o Vice-Almirante Gabriel Alfonso Pérez Garcés, comandante da Marinha da Colômbia.
A Orión VI foi realizada no âmbito de acordos de cooperação internacional entre os países participantes, nessa oportunidade: Alemanha, Argentina, Belize, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, El Salvador, Espanha, França, Guatemala, Guiana, Honduras, Itália, Ilhas Cayman, Jamaica, México, Nicarágua, Países Baixos, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Suriname, Trinidad e Tobago e Uruguai.
A campanha contou com o apoio de 61 embarcações marítimas, 18 embarcações fluviais, 48 botes interceptadores de guarda-costas, 26 botes de combate fluvial, 13 aeronaves de patrulhamento aeromarítimo, oito helicópteros e três sistemas aéreos não tripulados.
“A Operação Orión é um excelente exemplo de cooperação regional para combater a ameaça das organizações criminosas transnacionais; cada edição desta operação continua a melhorar, atraindo mais países parceiros e incorporando nossos colegas encarregados do cumprimento da lei”, disse à imprensa o Almirante de Esquadra da Marinha dos EUA Craig S. Faller, comandante do Comando Sul dos EUA. “As parcerias e alianças são a melhor maneira para interromper e deter as organizações criminosas transnacionais, para evitar que pratiquem essas atividades ilícitas; esperamos continuar com essa importante colaboração.”
Declaração do SOUTHCOM sobre o falecimento do ministro da Defesa da Colômbia Carlos Holmes Trujillo García. “Estamos profundamente tristes ao receber a notícia do falecimento do ministro de Defesa da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo García. Em nome dos homens e mulheres do Comando Sul dos EUA, gostaria de expressar nossas sinceras condolências e nossos mais profundos pêsames à sua família. Unimo-nos ao povo da Colômbia para lamentar seu trágico falecimento e honrar seus muitos anos de serviço dedicado à sua nação. O ministro Trujillo foi um amigo querido e um líder altamente respeitado. Sempre seremos gratos por suas muitas contribuições significativas para a nossa parceria firme e inabalável com as Forças Militares da Colômbia. Nossa nação, nossas Forças Armadas e nosso comando sempre se lembrarão dele com carinho, e seus amigos do Comando Sul dos EUA sentiremos muito a sua falta.”
– Almirante de Esquadra da Marinha dos EUA Craig S. Faller, comandante do Comando Sul dos EUA.