Em 5 de fevereiro de 2021, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil de Mato Grosso desbarataram um grupo criminoso que realizava tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em diversos estados do Brasil.
Os agentes cumpriram 34 ordens de prisão preventiva, busca e apreensão, além de sequestro de imóveis e veículos e bloqueio de R$ 12 milhões (US$ 2,2 milhões) em contas bancárias no âmbito da Operação Parasita.
“Essa operação tem um resultado muito positivo, porque ataca diretamente as lideranças do crime, o sistema financeiro e a lavagem de dinheiro”, afirmou o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante, em entrevista coletiva.
O grupo, chefiado por um preso da Penitenciária Central do estado de Mato Grosso, atuava também em Pernambuco, Paraíba e Mato Grosso do Sul.
“A organização funcionava como uma espécie de franquia do crime, com conexões e relações comerciais com outras organizações criminosas, dentro e fora de Mato Grosso”, disse em nota a PF.
Os integrantes da franquia pagavam taxas mensais e eram obrigados a repassar parte dos lucros das atividades aos líderes.
“Os principais membros, que já se encontravam presos, contavam com a ajuda de outros em liberdade para executarem suas ordens, recolhimento de dinheiro, distribuição de drogas e fiscalização das movimentações financeiras”, informou a PF.
Segundo a investigação, os criminosos movimentaram cerca de R$ 18 milhões (US$ 3,3 milhões) entre 2018 e 2020.
“As transferências eram feitas utilizando a técnica conhecida como smurfing, que consiste no fracionamento do dinheiro em pequenas quantias para não chamar a atenção e escapar do controle administrativo das instituições financeiras”, informou o governo de Mato Grosso em um comunicado.
O grupo foi responsável pela carga de cerca de 500 quilos de maconha confiscada em julho de 2020 em Rondonópolis, em Mato Grosso.
Na ocasião, apenas duas adolescentes foram apreendidas quando mantinham a droga em um depósito, a mando dos líderes da organização, informou o portal de notícias G1.