Mais de 500 militares da Força Aérea Brasileira (FAB), do Exército Brasileiro e da Marinha do Brasil participaram da Operação de Adestramento Conjunto Escudo Antiaéreo, entre 27 e 30 de outubro, para aprimorar o sistema de defesa contra aeronaves consideradas inimigas.
O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) da FAB coordenou o treinamento, acompanhando de Brasília a evolução do cenário em tempo real e transmitindo as ordens aos Centros de Operações Militares, que detectavam as aeronaves inimigas que realizavam a incursão, e às Unidades de Defesa Antiaérea, para que efetuassem disparo simulado dos armamentos antiaéreos.
“Empregamos tudo o que a Força Aérea, a Marinha e o Exército têm, justamente para fazermos uma defesa bastante densa”, afirmou o Major-Brigadeiro do Ar da FAB Ricardo Cesar Mangrich, chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE e diretor do exercício, em um comunicado do Ministério da Defesa.
“Não é fácil coordenar, supervisionar e comandar a Defesa Antiaérea de um país tão grande como o Brasil. Por isso, precisamos treinar”, acrescentou o Maj Brig Mangrich.
Cada força assumiu um papel no exercício. A FAB atuou como unidade inimiga, simulando ataques a pontos sensíveis a serem protegidos em caso de guerra.
Já o Exército e a Marinha acionaram a resposta das Unidades de Defesa Antiaérea do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro. As Unidades de Defesa foram instaladas em dois setores, batizados de Continente e Litoral.
O setor Continente, sediado na Ala 2 da FAB, em Anápolis, Goiás, abrangeu as regiões de Cristalina e Ipameri, em Goiás, e Uberlândia, em Minas Gerais.
Já o setor Litoral, com sede na Ala 12, no Rio de Janeiro, englobou os municípios de São João da Barra e Macaé, no Rio de Janeiro, assim como a área marítima onde se encontra a Corveta Barroso, da Marinha do Brasil, no litoral do Rio de Janeiro.
“Nos anos anteriores, realizamos o treinamento de forma dispersa por todo o território nacional. Desta vez, resolvemos concentrar as ações nas regiões Continente e Litoral, onde identificamos pontos de possível interesse estratégico para o país”, explicou o Major Aviador Henrique Moraes Furtado, coordenador do exercício pela FAB, em um comunicado.