A IV Reunião de Conversações Estratégicas sobre Defesa entre Brasil e Estados Unidosocorrida entre os dias 14 e 15 de dezembro de 2021, em Brasília, contou com a presença de delegações dos dois países, chefiadas, respectivamente, pelo subchefe de Assuntos Internacionais do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Brasil, General de Brigada Himario Brandão Trinas, e pelo subsecretário adjunto de Defesa dos EUA para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Daniel Erikson.
As Conversações Estratégicas sobre Defesa representam uma componente central da relação bilateral de defesa e fornecem um quadro estratégico para orientar a cooperação em matéria de segurança. Durante esta rodada de conversações, foram discutidos diversos tópicos de caráter regional no âmbito da Defesa, tais como desafios transfronteiriços, a pandemia da COVID-19 e alterações climáticas. Também identificaram medidas para aprofundar a cooperação nas áreas do espaço, cibernética, e investigação e desenvolvimento.
Foi ressaltada a importância que o Brasil atribui ao monitoramento e patrulhamento das regiões de fronteira, que totalizam 17.000 quilômetros com 10 países, bem como o litoral de 7.500 km e correspondente área de responsabilidade marítima, que denominamos “Amazônia Azul”, e um extenso espaço aéreo, para combater os crimes transnacionais, o narcotráfico e outros crimes relacionados.
Em relação aos refugiados venezuelanos no Brasil, foi realizada uma apresentação sobre a Operação Acolhida, destacando aspectos do trabalho das Forças Armadas. A delegação dos EUA expressou sua admiração pelas contribuições brasileiras para a segurança regional e pelo compromisso com as operações de paz e ajuda humanitária, e reconheceu o importante papel do Brasil como anfitrião da próxima Conferência de Ministros de Defesa das Américas em 2022.
Quanto à importância das Conversações Estratégicas sobre Defesa, o Gen Bda Himário ressaltou que o Brasil tem um histórico alinhamento na área de Defesa com os Estados Unidos. “É o país onde o Brasil tem o maior número de militares em missões (cursos, estágios, operações, intercâmbios), e encontra-se dentro do ‘arco do conhecimento’, do qual o país busca adquirir e compartilhar conhecimentos na área operacional, tecnológica, científica, espacial, cibernética, dentre outras”, finalizou o oficial.