As forças de segurança do Equador realizaram três importantes apreensões de cocaína no início de fevereiro, dando prosseguimento à luta contra organizações criminosas.
No dia 6 de fevereiro, a Polícia Nacional do Equador informou em seu perfil no Twitter sobre a apreensão de mais de 1 tonelada de cocaína em uma rua afastada do Porto de Guayaquil. No âmbito da operação denominada Reforço, unidades do Grupo Especial Móvel Antinarcóticos da Polícia vistoriaram um caminhão que se dirigia ao porto.
Em um fundo duplo da plataforma do reboque do veículo, os agentes encontraram 20 bolsas de juta contendo 1.190 pacotes de drogas. “Os pacotes, depois de serem submetidos aos respectivos testes de campo, deram positivo para cocaína e pesaram 1 tonelada, 187 quilos e 620 gramas”, disse à imprensa o General de Exército da Polícia do Equador Giovanni Ponce, diretor nacional de Investigação Antidrogas.
O jornal equatoriano El Universo informou que a droga seria levada para o exterior em um contêiner. Quatro cidadãos equatorianos, incluindo o motorista do caminhão e três pessoas que estavam escondidas no reboque, foram detidos.
No dia 3 de fevereiro, durante uma operação realizada em alto-mar, ao norte de Porto Baquerizo Moreno, nas ilhas Galápagos, a Marinha do Equador, com o apoio da Guarda Costeira dos EUA, apreendeu 3.785 litros de cocaína líquida misturada com gasolina, informou El Universo. A droga foi encontrada durante a inspeção de um barco pesqueiro de bandeira equatoriana que rebocava oito embarcações menores. Segundo o jornal, o barco tinha zarpado de um porto em Manta, na costa central do país. As autoridades detiveram 22 pessoas durante a operação.
No mesmo dia, o Ministério de Governo informou em um comunicado sobre a apreensão de mais de meia tonelada de cocaína perto da ilha Puná, no Golfo de Guayaquil. Agentes antinarcóticos da Polícia detiveram quatro homens que cuidavam de uma embarcação contendo 648 kg de cocaína escondida em 13 bolsas de juta. Presume-se que os criminosos tenham saído dessa ilha em lanchas rápidas e contaminavam os barcos que partem do porto para destinos internacionais, publicou El Universo.
De acordo com o jornal, nas primeiras semanas de 2021, até o dia 5 de fevereiro, as autoridades tinham apreendido mais de 10 toneladas de cocaína.
A InSight Crime, organização especializada em crime organizado na América Latina, em uma reportagem publicada no final de 2019, considerou o Equador “uma autoestrada da cocaína para os Estados Unidos e a Europa”, destacando o papel dos portos desse país para movimentar a droga. “Algumas quadrilhas tentam controlar totalmente os carregamentos, utilizando empresas de exportação de fachada para fazer suas remessas […]. Em outros casos, compram empresas já existentes com um longo histórico de exportações legais e, dessa maneira, se submetem a inspeções menos rigorosas e organizam exportações aparentemente legais, porém com cocaína escondida entre os demais produtos”, destacou a organização. Mais de um terço da cocaína produzida na Colômbia chega ao Equador para ser enviada, através de seus portos, costas e aeroportos, para todo o mundo, concluiu a InSight Crime.