O programa Mulheres, Paz e Segurança (WPS, em inglês) se adapta perfeitamente aos princípios do Departamento de Defesa dos EUA (DOD, em inglês) porque “é uma ferramenta de poder inteligente”, disse a Brigadeiro da Força Aérea dos EUA Rebecca J. Sonkiss, vice-diretora do Estado-Maior Conjunto J5, para Combate às Ameaças e Cooperação Internacional.
A Brig Sonkiss estava entre os muitos dignitários que discutiam como o DOD está adotando a Lei Mulheres, Paz e Segurança de 2017 em sua totalidade. O Instituto da Paz dos EUA patrocinou o evento virtual no dia 29 de março de 2021.
A vice-secretária de Defesa dos EUA Kathleen H. Hicks mostrou seu ponto de vista nas considerações iniciais da conferência. “Em todo o mundo, o avanço das mulheres está vinculado ao avanço da boa governança”, disse. “E a boa governança frequentemente leva a um mundo mais estável e menos turbulento, o que impacta diretamente nosso trabalho no Departamento de Defesa. Nosso trabalho sobre as mulheres, a paz e a segurança é essencial não apenas para a segurança nacional dos EUA, mas é igualmente importante para a segurança, a igualdade e as oportunidades das mulheres e meninas em todo o mundo.”
Em todo o mundo, o avanço das mulheres está vinculado ao avanço da boa governança… E a boa governança frequentemente leva a um mundo mais estável e menos turbulento, o que impacta diretamente nosso trabalho no Departamento de Defesa. Nosso trabalho sobre as mulheres, a paz e a segurança é essencial não apenas para a segurança nacional dos EUA, mas é igualmente importante para a segurança, a igualdade e as oportunidades das mulheres e meninas em todo o mundo”, vice-secretária de Defesa dos EUA Kathleen H. Hicks.
As mulheres não são devidamente representadas no setor da segurança, e isso mostra uma visão distorcida das necessidades, desejos e temores de uma sociedade. “Compreendendo as necessidades de segurança de toda uma população durante um conflito, o DOD aumenta sua eficácia operacional e reduz os danos desproporcionais contra as populações vulneráveis que podem afetar desfavoravelmente a estabilidade em longo prazo”, disse a Brig Sonkiss.
Parte do programa consiste em criar forças armadas inclusivas. As mulheres devem ocupar cargos importantes na segurança, disse Hicks. “Embora tenhamos progredido… sabemos que há muito mais a ser feito nos próximos anos, inclusive em nossas próprias forças, visto que buscamos criar e utilizar os princípios de WPS que sustentamos com as nações parceiras”, acrescentou. “É por isso que eu me dirigi recentemente ao Conselho de Força de Trabalho da Subdiretoria, que destacará as lideranças sustentáveis de alto nível para tópicos que incluem diversidade, igualdade e inclusão.”
A cooperação de segurança é essencial para o programa. A lei de 2017 teve origem na resolução das Nações Unidas de Mulheres, Paz e Segurança, aprovada em 2000. Todas as nações devem cumprir essa resolução, e o DOD incentiva os aliados e parceiros a incluírem as vozes das mulheres em seus debates sobre segurança.
“As forças militares profissionais têm legitimidade em suas populações”, disse o Almirante de Esquadra da Marinha dos EUA Craig S. Faller, comandante do Comando Sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM) durante a conferência. “Pode-se ter o melhor poder de combate, o melhor equipamento, ser o melhor atirador ou comunicador e perder porque não obteve legitimidade entre a população.”
Para o Alte Esq Faller, profissionalismo significa profundo respeito aos direitos humanos, respeito às leis do conflito armado e respeito ao Estado de Direito. Essas são premissas essenciais em tudo o que o SOUTHCOM faz, o que significa a inclusão das mulheres e a diversidade, disse ele. “E digo mais, embora não sejamos perfeitos, já progredimos e continuaremos a fazê-lo. Assim sendo, realizamos debates profissionais com cada um de nossos homólogos”, acrescentou.