Relatório Especial

Panamá: Hub estratégico da China

Pelo Canal do Panamá passa cerca de 6 por cento do comércio global e 57,5 por cento da carga transportada em navios porta-contêineres da Ásia para a costa leste dos Estados Unidos. Atualmente, essa obra importante de infraestrutura é foco de grande preocupação nos setores políticos, econômicos e acadêmicos, devido à crescente presença da República Popular da China (RPC). “A China transformou o Panamá em um centro de concentração geográfica e comercial ou em um hub estratégico para seu avanço político, comercial e militar na região”, disse à Diálogo Euclides Tapia, professor titular da Escola de Relações Internacionais da Universidade do Panamá.

As relações sino-panamenhas no âmbito comercial são muito antigas; no entanto, somente a partir de 2017, quando ambas as nações fortaleceram seus laços diplomáticos, a influência e a interferência do país asiático se tornaram visíveis. “Não estou errado em afirmar que, desde que o Panamá rompeu relações com Taiwan para estabelecê-las com a China, a independência do país ficou extremamente comprometida”, disse Tapia.

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Academia

A participação do Brasil na cooperação internacional em Ação contra Minas
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Em 4 de abril, foi celebrado o Dia Internacional para Conscientização e Assistência na Ação contra Minas, estabelecido em 2005 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O Exército Brasileiro é referência no trabalho de desminagem e de desativação de artefatos explosivos. Neste artigo, o Capitão Davyson Anderson Cavalcanti Sobral, da Arma de Engenharia do Exército Brasileiro, aborda o papel do Brasil na ação internacional contra as minas. Não restam dúvidas de que os conflitos armados, quer sejam regulares ou irregulares, afetam diretamente a população local. As minas antipessoais e os restos explosivos de guerra permanecem após esses conflitos, deixando [ … ]

O oficial de ligação da nação anfitriã – um multiplicador de força tática
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Introdução A integração de Oficiais de Ligação (LNOs) da nação anfitriã nas Organizações de Cooperação em Segurança (SCOs) dos EUA serve para atender aos objetivos estratégicos e operacionais dos EUA. O conceito de dissuasão integrada, conforme descrito na Estratégia de Defesa Nacional dos EUA, enfatiza uma abordagem holística combinada com nossos aliados e parceiros para aumentar o entendimento compartilhado, otimizando investimentos futuros. A integração de nossos parceiros na cooperação de segurança permite que ambos os lados entendam melhor como nossas forças operam em tempos de paz e como poderíamos operar juntos em tempos de crise, proporcionando familiaridade cultural e mitigando [ … ]

Riscos do compromisso de segurança da RPC para a América Latina e o Caribe
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Este artigo foi adaptado de um artigo publicado no The Diplomat em 23 de fevereiro de 2024. Introdução As atividades da República Popular da China (RPC) no setor de segurança e defesa na América Latina e no Caribe são uma parte pequena, mas estrategicamente significativa, de seu envolvimento com a região.  A RPC reconheceu abertamente seu interesse em se envolver com a região em questões de segurança nos Livros Brancos de Políticas China-América Latina de 2008 e 2016, bem como no plano China-CELAC de 2022-2024.  Esse interesse também está refletido no white paper do Ministério das Relações Exteriores da RPC [ … ]

A ofensiva de charme da China na América Latina e no Caribe: uma análise abrangente da estratégia de comunicação estratégica da China na região [Parte III: Imagem, Academia e Tecnologia]
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RESUMO EXECUTIVO Este artigo explora a estratégia de relações públicas da China na América Latina e no Caribe (ALC) por meio da diplomacia, da promoção de redes de estudo, da cooperação entre academias e do estabelecimento de um número significativo de Institutos Confúcio. Isso é apoiado por uma vasta rede de mídia impressa, audiovisual e digital de propriedade da China ou de grupos da ALC. No entanto, entre a população da ALC, o conhecimento sobre a China é mínimo. Nos setores dedicados à pesquisa, política, economia e finanças, há uma imagem ligeiramente favorável da China devido ao interesse econômico. Na [ … ]

Revistas

General de Exército Javier Eduardo Iturriaga del Campo, comandante do Exército do Chile
“Uma de nossas áreas de missão é contribuir para a cooperação internacional e a política externa do nosso país e, nesse contexto, o Exército mantém uma ampla agenda de conhecimento e cooperação a nível regional e internacional com as nações parceiras. As Forças Armadas do Chile estão atualmente participando de várias missões de paz, especificamente em Bósnia e Herzegovina, Chipre, Colômbia e Oriente Médio e, nesta área, também participam de exercícios como o Vanguarda do Sul do Comando Sul dos EUA.”
General de Exército Javier Eduardo Iturriaga del Campo, comandante do Exército do Chile
Coronel (R) Gladys Pecci, vice-ministra da Defesa Nacional do Paraguai
“Apenas 5,6 por cento do total dos membros das Forças Armadas [do Paraguai] são mulheres e queremos aumentar essa cifra. O Ministério da Defesa e as Forças Armadas estão sendo muito receptivos quanto a romper paradigmas estruturais estabelecidos, permitindo que as mulheres cumpram determinadas funções, porque consideramos que a democracia se engrandece quando existe a inclusão das mulheres no âmbito da defesa.”
Coronel (R) Gladys Pecci, vice-ministra da Defesa Nacional do Paraguai
General de Brigada William L. Thigpen, comandante geral do Exército Sul dos EUA
A colaboração e a parceria oriundas de um exercício como esse [Vanguarda do Sul 22] são extremamente importantes para nós. Elas geram interoperabilidade. Também nos permitem compreender as capacidades uns dos outros. Mas, o mais importante é que fomenta o companheirismo a nível tático, bem como a prontidão para ambos os países e a parceria.”
General de Brigada William L. Thigpen, comandante geral do Exército Sul dos EUA
General de Brigada Steven Ortega, comandante da Força de Defesa de Belize
Nosso relacionamento com o México é muito bom. Atualmente, oferecemos ao México direitos de sobrevoo, para que possam localizar os voos ilegais e identificar onde eles poderiam pousar, para que estejamos em uma melhor posição de resposta. Realizamos patrulhas combinadas ao longo da fronteira com os mexicanos e isso está funcionando de maneira excelente.
General de Brigada Steven Ortega, comandante da Força de Defesa de Belize
General de Brigada Miguel Ángel Rivas Bonilla, subchefe do Estado-Maior Conjunto da Força Armada de El Salvador
Nós nos integramos de diferentes maneiras para combater o crime organizado transnacional em nossas fronteiras. Uma delas é através da Conferência das Forças Armadas Centro-Americanas, onde desenvolvemos relações baseadas no apoio e na confiança mútua, entre os quais se destacam os patrulhamentos de fronteiras transnacionais.
General de Brigada Miguel Ángel Rivas Bonilla, subchefe do Estado-Maior Conjunto da Força Armada de El Salvador